Um grito preso na garganta. Um suspiro. Um instante. Um desejo.
A fé que alimenta nossas almas faz com que acreditemos no que ainda está por vir.
E virá, certamente. Sem grandes pretensões.
Uma inquietação. Um questionamento. Uma obsessão.
Não satisfeita com o caminho percorrido, jogo-me abismo abaixo buscando explicações para o que está explícito apenas no abstrato.
Não encontrando respostas, corro em direção ao desconhecido, vasculho nas veias, nas vísceras, nos olhares. Até encontrar o caminho e por este seguir adiante com apenas uma certeza: o grito não está mais preso. Está saindo por todos os poros, por toda a alma e quer ser ouvido.
O anoitecer, o amanhecer, o entardecer...
Um rito de passagem para o infinto.
Saudade, imensa.
Hoje não estou dando conta de controlar tudo o que está reverberando aqui dentro.
(Lia Iksonaj)